
Não se quedaram por aqui os designativos da casa sagrada que ora pretendemos realçar. Com efeito, além de Bom Jesus de Santo Sepulcro do Calvário e de Bom Jesus da Via Sacra, conheceu ainda – em 1706 – o nome de Senhora da Soledade e, só a partir deste, é que recebeu – em 1744 - aquele que a tornou verdadeiramente singular, isto é, o de Senhora D’Agonia! Esse tão tétrico «Cerro dos Enforcados» constituía um dos mais destacados pontos de observação do enfiamento da barra, suplantando, como tal, a torre da Matriz.
E se o dito local se prestava a encher de indescritíveis alegrias às gentes que ao mesmo acorriam para lobrigar navios que traziam a bom porto os seus entes mais queridos, também nele, tantas vezes tantos, presenciaram grandes tragédias que um “mar cão" originava.
Haverão sido esses angustiantes momentos que inspiraram o povo marinheiro vianês para que a «Estátua viva da dor», ali tão ao pé e por essa gente já tão venerada, deixasse a invocação de Senhora da Soledade e passasse, então, a ter a de Senhora D’Agonia?!... Por alturas de 1679, o dia vinte de Agosto era o único da romaria.
A tradição aponta o ano de 1772 como sendo aquele em que pela primeira vez ela se mostrou mais rica de expressão, particularmente aos tão devotos olhos das gentes marinheiras. A sua parte mais aliciante não ia além de cerimónias religiosas e iluminação do templo. As barracas com comércio de curiosidades e brinquedos também contavam com atractivos.
De facto, «outro galo passou a cantar», a partir daquele ano 1772, do qual data a provisão régia que estabeleceu as feiras francas em 18, 19 e 20 de Agosto. Os dois primeiros dias gozavam de preferência, especialmente o 19, pois era neste que se lançava o fogo de artifício. Nos «quartéis» (assim designavam essas casas) a dormir sobre palha, acomodavam-se famílias inteiras. O aluguer era irrisório – à razão de dois a cinco Muitos desses ocasionais locatários provinham da Galiza.Daqui se deduz que o mar – o mar de Viana !- serviu de excelente pretexto para que maior concorrência tivessem as festas da Senhora D’Agonia
Ano áureo foi considerado o de 1893, posto que o seu programa, além das feiras francas, do arraial e das Cerimónias Religiosas, apresentou pela primeira vez números novos e de certa retumbância, sendo um deles a iluminação das principais ruas. Muitos factores concorreram para tornar invulgarmente atraentes estas nossas tão castiças festas. De entre eles e a merecer certo relevo,tostões por cabeça!...
Muitos desses ocasionais locatários provinham da Galiza. Daqui se deduz que o mar – o mar de Viana !- serviu de excelente pretexto para que maior concorrência tivessem as festas da Senhora D’Agonia.Ano áureo foi considerado o de 1893, posto que o seu programa, além das feiras francas, do arraial e das Cerimónias Religiosas, apresentou pela primeira vez números novos e de certa retumbância, sendo um deles a iluminação das principais ruas.
Muitos factores concorreram para tornar invulgarmente atraentes estas nossas tão castiças festas. De entre eles e a merecer certo relevo, cita-se a sua riqueza etno-folclórica; a inigualável gama dos seus trajes; a indiscutível arte dos seus pirotécnicos que puseram todo o seu saber ao serviço de Viana que lhes serviu de berço.Mudaram-se os dias tradicionais – 18, 19 e 20 – no ano de 1931. A mudança obedeceu afim de que os mesmos passassem a coincidir com sexta, sábado e domingo; porém , a romaria não pode ocorrer antes do dia quinze nem depois do dia vinte e cinco de Agosto.
Foi no dia 20 de Agosto do ano de 1968 que se fez pela primeira vez a Procissão da Senhora D’Agonia ao mar.A festa do traje teve início no jardim público no ano de 1931. Desfiles de mordomia, cortejos etnográficos e históricos, feiras de artesanato regional - entre tantos e tantos outros, foram números de fino quilate do programa.
Fonte: Viana Festas
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