quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Viana do Castelo diz "nim" à CIM




Depois do não rotundo antes das eleições, a Câmara de Viana, agora com José Maria Costa como presidente, começa a dar sinais de entendimento com a CIM. O autarca ainda não deu ainda o sim, mas já esteve mais longe.

"Iniciamos hoje as avenidas do diálogo, ou seja, estamos sempre disponíveis para constituir com os municípios do Alto Minho pontos de convergência que se prendam sempre com interesses que têm a ver com as nossas populações e, naturalmente, que vamos continuar a conversar sobre outros assuntos e outras questões que tenham a ver com a dinamização deste território", declarou, ontem, José Maria Costa, no final daprimeira reunião oficial com os colegas dos nove municípios do distrito de Viana que há um ano integram a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho.

O sucessor de Defensor Moura, autarca que protagonizou a exclusão do município da comunidade, depois confirmada por referendo em Janeiro deste ano, diz, por um lado, que foi "retomado o diálogo no Alto Minho, que tinha sido interrompido", mas considera, por outro, existirem ainda "processos de não convergência" sobre os quais se irá "continuar a dialogar".

Recorde-se que uma desses pontos de divergência será o facto de a câmara de Viana ter avançado em Setembro com uma acção judicial contra a CIM por ter sido excluída dos concursos abertos pela estrutura para candidaturas ao QREN. Ontem, quando questionado sobre uma futura adesão, José Maria Costa respondeu: "Talvez só os deuses possam responder. (…) A seu tempo daremos as respostas à opinião pública sobre isso".

"Esta comunidade existe há cerca de um ano e não houve qualquer diálogo com a câmara de Viana do Castelo. (…) Seríamos todos uns grandes irresponsáveis se estivéssemos de costas voltadas durante um ano e, agora, afinal, em meia hora, sentamo-nos à mesa e resolvermos", defendeu o líder da CIM, Rui Solheiro, aludindo ao facto de ontem não ter ainda sido assumida uma posição clara sobre o futuro de Viana em relação à comunidade intermunicipal. Solheiro referiu que, por agora, é tempo de dialogar sobre "o que nos une e o que nos separa". "Temos um caminho que foi iniciado hoje (ontem) para nos próximos tempos ser percorrido", afirmou, rematando: "Sem querer ser optimista, julgo que nos próximos meses vamos arranjar condições para trabalharmos sempre, tal como fizemos hoje aqui".

Um dia depois do autarca de Viana (PS) ter assumido estar, com os colegas dos municípios do Norte atravessados pela A28, à espera de uma audiência com o ministro das Obras Públicas, para lhe reivindicarem a não introdução de portagens naquela via, a CIM (seis dos seus nove autarcas são do PS) anunciou estar também unanimemente "solidária" com a luta. Rui Solheiro, que além de liderar a comunidade ainda preside à Federação Distrital socialista de Viana, revelou que este órgão aprovou por unanimidade "o combate à introdução de portagens".

Fonte: JN

0 comentários:

Enviar um comentário

Seguidores